segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pense nisso..

Uma missionária na Índia escreveu sobre uma visão que teve quando deitada na cama. Aos seus pés havia um precipício, um abismo, tão largo como o espaço. Havia um grande numero de pessoas vindas de todas as direções que se dirigiam diretamente a borda do precipício. Todas elas eram totalmente cegas. Algumas gritavam quando de repente caiam no abismo. Outras caiam silenciosamente.
Ao lado da borda do precipício havia placas aqui e ali, avisando o perigo eminente. Estavam muito espaçadas e, por isso, eram de pouco valia. As pessoas, em sua cegueira, caiam sem nenhum aviso. E a grama ao redor delas ficava tinta de sangue.
Ainda na visão, havia ao longe um grupo de pessoas sentadas debaixo das árvores de um bonito jardim fazendo colocares de margaridas. De vez em quando uma delas queria levantar-se para ajudar, era imediatamente impedida pelos demais, que diziam:
-Porque se preocupar? Deve esperar que a chamem diretamente. Você nem terminou o seu colar de margaridas!
Uma menina de pé a borda do precipício, sozinha, tentava corajosamente evitar que as pessoas caíssem nele, acenando repetitivamente e avisando-os do grande perigo.
Era época de férias e seus pais a enviaram para longe. Ninguém a substituiu. E, como uma cachoeira, as pessoas se precipitavam para o abismo. No jardim, o grupo cantava um hino.
Então, o som de milhões de corações despedaçados, ecoando em uma só gota de lágrima - em um só soluço - e o horror da profunda escuridão chegaram a mim, escreveu a missionária Dona Amy Carmichael.
- Eu sabia o que era, continua ela. - Era o brado de sangue.
- E eu ouvi a voz do Senhor dizendo: "o que tens feito? A voz do sangue do teu irmão clama a mim na terra."

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